Ele foi campeão paranaense pelo Foz Cataratas Futsal no ano passado e conquistou o carinho dos torcedores iguaçuenses. Na atual temporada, Canabarro segue com o objetivo de alcançar mais um título estadual, mas dessa vez vestindo a camisa de um adversário do Time das Três Fronteiras. Experiente, o ala/fixo de 32 anos é um dos destaques do Marreco de Francisco Beltrão, equipe que está entre os semifinalistas do Campeonato Paranaense e também da Liga Futsal Paraná (LFP).
No último sábado, o jogador retornou para a Terra das Cataratas para enfrentar o seu ex-clube, justamente na partida que culminou com a eliminação do Foz Cataratas da LFP. “Foi um encontro muito bacana com a torcida no Ginásio Costa Cavalcanti. Fui muito bem recebido pelos torcedores, eles me respeitam e eu também tenho muito respeito por eles. Também tenho um grande respeito pela camisa do Foz, mas agora estou em outro clube”, explicou.
Depois que deixou o Foz Cataratas em dezembro da temporada passada, Canabarro foi para a Espanha, onde jogou pelo Levante nos primeiros seis meses de 2019. O retorno ao futsal brasileiro aconteceu no final de junho, quando recebeu o convite do time beltronense. “Pelo Levante, fizemos uma boa campanha na Liga Espanhola, chegamos aos playoffs das quartas de final onde enfrentamos o Barcelona”, contou o jogador.
De volta ao Brasil, o gaúcho acertou seu vínculo com o Marreco até dezembro de 2020. “Estávamos em três competições. Deixamos a Copa do Brasil, onde perdemos para o Corinthians, nos pênaltis. Mas, estamos muito vivos nas semifinais do Estadual e da LFP. Na próxima sexta-feira, vamos enfrentar o Dois Vizinhos, no Ginásio Arrudão, no jogo de volta, com o objetivo de buscar a vitória para levar a disputa para os pênaltis e garantir a vaga na decisão do Campeonato Paranaense”.
Desde a sua saída de Foz do Iguaçu, uma pergunta é sempre repetida pelos torcedores. Por que Canabarro não continuou no Foz Cataratas? “Eu acho que dependeu muito mais das escolhas do técnico Cigano. Em outubro, ele tinha me falado que queria continuar comigo, mas em dezembro, no dia 21, fui chamado pelo presidente Adélio para uma reunião e a diretoria me propôs uma redução de 30% do meu salário. Acredito que foi muito mais uma escolha do treinador do que do próprio presidente. Acho que foi uma maneira de falar que não queriam ficar comigo. Houve respeito por parte do Adélio, mas do Cigano não. Ele não tem respeito por ninguém”, afirmou.
Perguntado se voltaria a defender o Foz Cataratas, Canabarro fez questão de deixar claro o seu pensamento. “Saí do Foz, mas deixei as portas abertas. Não tive problema com ninguém, sempre respeitei todas as pessoas envolvidas, desde o presidente até a última pessoa que ficava no ginásio para nos ajudar. Sou profissional, voltaria sim, sem problemas. Fui muito feliz no Foz Cataratas e a palavra que fica é gratidão”, encerrou.
Fotos: Nilton Rolin